domingo, 11 de abril de 2010

A Escola da Vida


O questionamento “ Quem sou eu / Como você gostaria de ser lembrada”, me fez voltar, em pensamento, há cinco anos atrás, mais ou menos, quando iniciei o meu caminhar com esse Grupo de Mulheres, que se encontram, periodicamente, para compartilhar suas dificuldades, experiências de vida, e para dar depoimentos das conquistas.

Naquela época estava começando a me conhecer realmente, e gostaria aqui de ressaltar o quanto é importante a escolha de quem vai nos ajudar nesta viagem.

O nosso grupo foi para mim o lugar certo com as pessoas certas, o refúgio que agasalhou todo um processo de renovação da mente e mudança de atitudes.Temos aprendido neste grupo quem é Deus para cada um de nós, seus atributos, sua lei, suas promessas, sua salvação.

Saber todas estas coisas, tem nos levado ao encontro de nós mesmas, numa luta diária contra nossas deformações para reconquistar, em Cristo Jesus, a nossa essência, a nossa semelhança com Ele, a nossa identidade. E ter paz.

A verdade é que, ao longo dos anos, temos saído do nosso lugar, da casa do Pai, para dar longas ou curtas voltinhas pelo mundo. E as decepções, as enfermidades da alma e do corpo se acumulam e acabamos sendo conhecidos e reconhecidos pelo nome que o mundo nos dá. Esse nome, geralmente, nos rotula, paralisa, envergonha ou alimenta nosso orgulho e arrogância, nossa insensibilidade ao que se passa fora do nosso próprio umbigo.

Mas temos aprendido também que Deus é amor. Considerar a nossa realidade tendo como parâmetro a Palavra de Deus faz toda a diferença. E questionar “Quem sou eu? Para que existo? Para onde vou?, à luz do Salmo 139:16 e Apocalipse 2:17 levou-me ( ou o Espírito Santo me levou?) a parar de dar voltas inúteis no mundo e procurar andar na Palavra de Deus.

Comecei a partir da criação do Homem (Gênesis 1:27-28) e fui andando por Abrão-Abraão, Isac-Isaac, Jacó-Israel, que tiveram seus nomes mudados pela transformação do contato com o Criador; detive-me na intimidade que Davi, Salomão e Ezequias tinham com Deus; passei pela astúcia do “pequeno” Gideão, pela poderosa volta de Sansão, por Isaías, Elias, Eliseu e João Batista.

Contemplei Ana, Ester, Débora e Maria.Espiei também Noé, Moisés, Josué, José, Daniel e Paulo. Uma volta muito rápida diante de um manual tão rico, uma riqueza que é oferecida gratuitamente ao Homem por um Deus de amor, justiça e misericórdia.

E cheguei a Jesus Cristo, um tanto envergonhada da minha ignorância, do quanto sou ainda pedra bruta (como os discípulos o foram), um coração em processo de “amolecimento”, e a alma ainda informe, como um dia meu corpo o foi no ventre de minha mãe.“Passear” pela vida de Jesus e me perguntar qual o propósito da minha vida, é muito sério.

Saber que todos os meus dias estão escritos nas promessas, nas boas palavras que jamais deixam de se cumprir, dá um “frio na barriga”, uma vontade imensa de não perder nada e ao mesmo tempo ficar atarantada sem saber por onde começar.Então, o Espírito Santo me traz a voz de Jesus:

“Deus amou tanto o mundo que enviou seu filho único, Jesus Cristo para, em seu sacrifício, reconciliar-nos com Ele.”“ Nasça de novo, agora você é minha amiga; permaneça em mim e terá vida abundante; o meu Espírito lhe ensinará tudo o que precisar; não se aflija, eu estou sempre com você”...

Compreendi algo que, se não chega a ser uma resposta correta às perguntas que originaram este texto, é no mínimo a expressão do patamar de fé e realização, no qual o Senhor já me colocou.

Assim, não importa se eu continuar me dedicando às mesmas coisas ou conquistando novos espaços. Importa qual a dimensão do meu viver, do acordar ao adormecer. Importa ter como motivação o agradar o Senhor em obediência, tendo como modelo o coração manso, humilde, agradecido e corajoso de Jesus, amando a obra de Deus.

E, pela fé, contemplar na pedra branca o reflexo da minha identidade, o nome que está escrito, nome que o Senhor tem para mim. “Bendita”, “Amada”, “Amiga”.Porque sou filha, porque procurei passar pelo mundo “fazendo o bem”, deixando que Ele me ensinasse a fazer a minha parte na construção de “Quem sou”, e de como gostaria de ser lembrada.

Volto ao presente, e me emociono com a paciência e a benignidade do Senhor por mim.

As amigas do grupo testemunham que o meu semblante mudou, está mais leve, sereno.

Cada uma de nós começou a realizar algo, segundo seu dom, sua preferência.

Eu comecei a escrever crônicas e poesias, inspirações adormecidas há séculos. O grupo me presenteou com um Sarau, onde as mulheres leram e recitaram os meus textos. Nossas famílias estavam presentes, ofertamos tudo ao Senhor.

Mas não pensem que está tudo fechado, que a transformação está completa. Sempre precisaremos mais de Deus para fortalecer a fé e andar em segurança, quando o medo e a amargura tentam voltar. Mas nunca sozinha, e sempre tendo Deus no controle de tudo.

E o Grupo é sempre um espaço de liberdade e confiança, ânimo, consolo e aprendizado ante os problemas da vida: uma escola.
A ESCOLA DA VIDA DO MESTRE JESUS.

Dalva Pereira
(Esse texto é um depoimeto de quem experimentou por cinco anos o convívio nesse Grupo de Mulheres, que se reunem, semanalmente ,para compartilhar suas vidas.)

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Louvado seja o Senhor nosso Deus pois ele sempre responde nossas orações.
    Estava cheia de questionamentos em relaçao a alguns sentimentos que me afligiam como por exemplo:
    Como recomeçar; que direçao tomar; enfim tudo que foi relatado em seu texto.
    Sou uma pessoa cheia de desejo de fazer a obra mas estou passando por momentos dificeis onde parece que algo me paralisa.
    No momento sou funcionária de um grande Call Center onde meu produto esta prestes a terminar e talvez eles tenham que demitir grande parte dos funcionários . Trabalho nesta empresa ja faz 1 ano e 2 meses e nao consigo me sentir feliz pois quase nao temho tempo de estar na igreja .
    Sei que Deus me abençoou muito pois me dotou de muitos dons e um deles foi o de louvar a Deus com minha voz pois sou levita e quase nao tenho exercido meu ministério.
    E outro dom que amo foi de fazer crochê ,mas parece que não acontece pois tb me sinto paralisada.
    Me ajude em oraçao pois creio que Deus me levou a ler este texto abençoado onde reflete td que estou sentindo .
    Quero realizar !
    Quero e amo fazer a obra
    Meu coraçao arde por isso !!
    Mas por onde começar??? Como dar o primeiro passo !!
    Orem pelo meu marido que tb está passando por momentos difíceis na sua vida profissional !
    Sei que Deus tem um novo tempo para minha vida !!!
    Conto com ajuda de vcs !
    Ah! já ia me esquecendo de comentar
    Tb já fiz parte das Dorcas aqui no Rio.
    Sinto saudades!!!
    Amo vcs mulheres abençoadas!!!
    Beijos!!!

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  3. Márcia

    Comentário como este é que nos dá ânimo para prosseguir fazendo o que é "certo", onde quer que estejamos somos mensageiras de Deus, no trabalho, na igreja, na escola, em casa, na internet, precisamos sempre estar dispostas a entregar ao próximo aquilo que Deus acrescentou em nossas vidas.
    Deus abençoe você e sua família, não desista de seus sonhos!
    Com muito amor, Martha.

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